Assentados em Congonhinhas investiram na produção de maracujá

Valdir Amaral

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) destacou nesta quarta-feira, 26, os investimentos do Projeto Renda Agricultor Familiar do Governo do Paraná. “A política só tem sentido se for para melhorar a vida das pessoas. E muitas pessoas estão mudando de vida, com o projeto Renda Agricultor Familiar”, disse o deputado.

O projeto, mantido com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) com contrapartida do Estado e do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, cria renda e melhora a qualidade de vida na agricultura familiar. Os recursos são investidos em pequenas reformas no saneamento básico, incentivo à produção para consumo próprio e impulso para o desempenho das atividades agrícolas.

Em Santa Amélia benefício foi para residente na comunidade Terrá Indígena Laraniinha

As famílias selecionadas no projeto recebem R$ 3 mil. Em todo o Estado já foram investidos R$ 16 milhões nas 6.154 famílias atendidas pelo projeto desde 2015. Destas, 211 são famílias indígenas, 53 são quilombolas e mais de 6 mil são famílias em que a mulher é a responsável, o que totaliza mais de 24 mil pessoas diretamente atendidas. “Um projeto que muda a vida das pessoas, que melhora a produção e ajuda a gerar emprego e renda no campo”, completa Romanelli.

RIBEIRÃO DO PINHAL — Um dos exemplos vem de Ribeirão do Pinhal, onde a produtora Maria Aparecida da Silva ampliou a casa e comprou um veículo, além de melhorar as condições de estudo dos filhos e diversificar a produção. Com o apoio do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) ela conseguiu os recursos necessários para iniciar numa nova atividade rural, a avicultura.

A produtora construiu ainda um galinheiro com bambus. Depois adquiriu os pintinhos, ração e sementes para milho. Porém, os pintinhos começaram a adoecer. Mas, com as recomendações do IDR-PR, conseguiu tratar as aves e prosseguir com a criação.

A partir daí a família passou a obter maior segurança alimentar e nutricional e vender o excedente, gerando uma renda extra. “Eu recebo encomendas dos vizinhos e, algumas vezes, até de moradores da cidade”, relata.

Para o técnico Paulo Cesar Dal Piccolo, que acompanha a família há muitos anos, o projeto foi o impulso necessário para o pontapé inicial, mas o comprometimento da família fez toda a diferença. “Todos se dedicam muito e sempre participam das capacitações oferecidas pelo IDR-Paraná”, afirma o técnico.

SANTA AMÉLIA — Em Santa Amélia, o casal indígena Elza/Cândido Marcolino construiu um tanque para criação de tilápias. O casal mora na Terra Indígena Laranjinha e recebeu recursos no valor de R$ 3 mil do projeto.

Inicialmente, o casal construiu um tanque de 300m3 e adquiriu 1000 juvenis de tilápias e ração para crescimento e engorda dos peixes. Hoje a família comercializa parte da produção, que também é revendida para um pesque e pague da região. A meta agora é cavar mais um tanque e aumentar, ainda mais, a quantidade de peixes ofertados ao mercado.

“Este foi o melhor projeto social que eu acompanhei. Fico muito feliz em ver a continuidade ao projeto”, disse o técnico Varlei Busetti, do IDR-PR. Segundo ele, o investimento possibilitou a ampliação da renda, a geração de trabalho dentro da propriedade e a melhoria da alimentação da família.

CONGONHINHAS — Já a produtora Nilceia da Silva Souza, moradora do Assentamento de Reforma Agraria Carlos Lamarca, em Congonhinhas, investiu o recurso na produção de maracujá. Na propriedade, implantou um pomar com 300 plantas e comercializa a produção para vizinhos, além de atender a Ceasa.

A propriedade também garante outros alimentos, como milho, arroz e feijão, que são utilizados no consumo próprio e para melhorar a qualidade na alimentação da família. “Quando aplicamos um recurso junto a uma família e vemos a mudança que isso causa é fantástico. Pois, muitas vezes, o que falta para essa família realizar uma atividade ou permanecer na mesma é o aporte financeiro”, afirma o técnico José Roberto Golfete, que atende a família, em Congonhinhas.

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