Maio Laranja
Da redação
União de esforços entre as secretarias da Educação e Cultura, e Assistência Social e Assuntos da Família, e em parceria com a Prefeitura de Bandeirantes e Conselho Tutelar, destaca o Maio Laranja para o projeto ‘É da Sua Conta – Quem Não Denuncia Também Violenta’, período em que se dá maior ênfase à prevenção ao abuso e violência sexual na infância e adolescência.
Segundo Aline Firmino Neves, assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, no mês de maio são realizadas ações conjuntas com a Assistência Social, Conselho Tutelar e famílias dos alunos da rede municipal de ensino de Bandeirantes, nas etapas da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. As atividades aplicadas garantem a implementação do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, promovendo atenção às crianças, adolescentes e suas famílias, por meio da atuação em rede. “A violência sexual põe em risco o bem-estar e o futuro de crianças e adolescentes, com consequências graves que chegam a comprometer um desenvolvimento saudável e até a capacidade de aprendizagem da vítima”, comentou e destacou a importância da escola como uma aliada no combate a este tipo de crime. Devido ao período de isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19, os cuidados, a atenção e o alerta aos sinais de abusos devem ser redobrados para proteger as crianças que estão sob ‘cuidados’ de potenciais abusadores. As estatísticas, conforme Aline, apontam que 1 a cada 5 crianças sofrem algum tipo de violência sexual durante a infância.
PROJETO EM PRÁTICA – Os profissionais da rede municipal de ensino receberam materiais informativos e atividades de prevenção e combate à violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes como sendo sugestões de atividades de aprendizagem não-presenciais e que foram encaminhadas às famílias durante o mês de maio. Também foram enviados aos alunos vídeos com contação de histórias sobre a identificação e enfrentamento do abuso sexual preparados pelos professores bem como rodas de conversa com essas crianças por meio de áudios e vídeos, abordando a importância de procurar alguém de confiança para falar sobre o assunto. “Professores e equipe pedagógica das escolas, por meio das atividades enviadas, estão fazendo a orientação aos pais sobre sinais de abuso que podem ser expressados pelas crianças”, comentou Aline.
Uma das atividades aplicadas junto aos pais é como explicar à criança que o corpo é dele e ninguém pode tocá-lo sem sua permissão, ensinar a dizer não, que há segredos bons e maus, dentre outras observações. Outra ação no projeto é a orientação junto às crianças com o ‘semáforo do toque’, que trata sobre a autoproteção.
Para a assessora pedagógica, o projeto é uma ferramenta de orientação e de prevenção ao abuso sexual infantil, principalmente durante o período de distanciamento social. “Neste período de pandemia, as crianças estão longe dos olhares atentos dos profissionais da educação e diante disso, as atividades aqui sugeridas são uma forma de estabelecer vínculo com os alunos, uma relação de confiança entre criança e escola, sensibilizando familiares, vizinhos e amigos a respeito da prevenção ao abuso sexual infantil promovida e acentuada neste mês de maio”, destacou.