Equipamento adapta as condições ambientais e será utilizado no desenvolvimento de estudos de iniciação científica e tecnológica

A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) instalou uma câmara de crescimento de plantas para experimentos científicos que demandam o cultivo de espécies em ambiente controlado. O equipamento adapta as condições ambientais, como temperatura, umidade e luminosidade, e será utilizado no desenvolvimento de estudos de iniciação científica e tecnológica e em pesquisas do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPAgro).
Com capacidade para suportar 150 vasos, em média, o equipamento ocupa uma área de 24 metros quadrados, no Laboratório de Análise de Solos da UENP, ligado à Central de Laboratórios Multiusuários (CLMU), no Campus Luiz Meneghel em Bandeirantes.

Semelhantes às estufas convencionais, as câmaras de crescimento de plantas permitem uma produção mais segura e minuciosa. No painel de controle, é possível regular, ao longo do dia, a temperatura, que pode variar de 10 a 60 graus; a umidade do ar, que fica em torno de até 70%; e a exposição às luzes brancas, incandescentes e de vapor de sódio (tipo de iluminação geralmente utilizada em vias públicas).
Para a instalação da câmara, o Governo do Estado investiu R$ 230 mil, por meio do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, dotação administrada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A iniciativa faz parte de um projeto no valor de R$ 1,5 milhão para a modernização das atividades de ensino, pesquisa e extensão dos três campus da UENP (Jacarezinho, Bandeirantes e Cornélio Procópio).

O reitor da UENP, professor Fábio Antonio Neia Martini, destaca a importância da infraestrutura acadêmica para impulsionar o desenvolvimento regional. “É importante investir na infraestrutura acadêmica e de pesquisa, pois as universidades são as principais aceleradoras das políticas públicas de inovação, para que alcancem mais rápido as populações e as regiões onde estão inseridas”, afirma.
O município de Bandeirantes apresenta temperatura elevada e baixa umidade, principalmente nas estações do verão e da primavera, o que interfere nos experimentos relacionados com o cultivo de plantas. Nesse cenário, as estufas convencionais não conseguem manter as condições climáticas mínimas para o crescimento das espécies, causando a perda frequente das amostras.

Em abril deste ano, a UENP também instalou uma casa de vegetação climatizada para auxiliar as pesquisas desenvolvidas pelo PPAgro. A estrutura do equipamento conta com uma antecâmara que impede a entrada de insetos e doenças, paredes que controlam a umidade e evitam o excesso de calor e teto que bloqueia a radiação e insolação.
Atualmente, 18 estudantes de Mestrado desenvolvem estudos no âmbito do PPAgro. Além desses alunos, a câmara de crescimento de plantas irá beneficiar os cursos de graduação em Ciências Biológicas, Agronomia e Medicina Veterinária, vinculados aos centros de Ciências Agrárias (CCA) e de Ciências Biológicas (CCB).
A infraestrutura também pode ser utilizada por outras instituições de ensino superior, ampliando o alcance do impacto científico.

POTENCIAL – A agropecuária é considerada uma das principais atividades produtivas e econômicas do Norte do Paraná. Nesse cenário, o PPAgro tem como objetivo habilitar e qualificar profissionais para um novo modelo de agricultura, com foco no aumento da produtividade e na sustentabilidade ambiental.
Criado em 2012, o programa conta com duas linhas de pesquisa: Produção Agropecuária Sustentável e Sanidade Vegetal.

A primeira linha busca otimizar recursos naturais para potencializar as produções agrícolas e pecuárias com ferramentas tecnológicas, assim como detectar e mitigar processos de degradação ambiental. A segunda linha estuda o manejo de pragas e doenças nas plantações e propõe padrões de qualidade e eficiência, considerando a redução da aplicação de agroquímicos, sem afetar o retorno econômico das propriedades rurais.
Vinculado ao CCA, o Curso de Agronomia da UENP tem 53 anos. A grade curricular contempla aspectos da fauna e da flora, conservação e recuperação da qualidade do solo e da água, além do uso de tecnologias disponíveis para o setor rural. (Assessoria)

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