Numa conversa entre amigos, um deles discorria sobre as fases do relacionamento e sobre o quanto nós, às vezes, negligenciamos o que está à nossa frente.
No início é tudo muito legal, só vemos as qualidades da pessoa, a vontade de estar o tempo todo juntos, é grande, sentimos um friozinho no estômago quando a pessoa telefona ou chega. Ficamos cegos para os defeitos.
Aí você começa a ver algum potencial no relacionamento e percebe que ele pode durar, mesmo que ainda que esteja cego para os defeitos. O desejo de que dê certo não nos permite enxerga-los.
Depois disso, a relação começa a ter bases reais. Você começa a ver o seu parceiro (a) de como ele é. Os beijos, abraços, intimidades podem ficar mais brandos e o seu parceiro não se parece tão príncipe encantado como antes. Claro, todos nós temos defeitos. Esse é o nosso verdadeiro eu. Como todos nós temos defeitos, resta saber se os defeitos que o parceiro tem são suportáveis. Quanto mais afinidades, melhores as chances de o relacionamento dar certo.
As diferenças podem atrair num primeiro momento, mas depois de passada a fase da paixão inicial, podem incomodar, e muito.
Se o relacionamento sobrevive à realidade, aí as coisas podem começar a ficar sérias, o casal passa a fazer planos juntos, projetos futuros e é nesse momento que eles se veem como uma unidade, um casal. Mas é importante não perder a individualidade.
Há casais que se anulam e que que um deles passa a viver a vida do outro, convive com os amigos dele, abandonando os próprios amigos, vive os sonhos dele. Isso não é saudável para a relação. É preciso preservar a individualidade e manter algumas atividades separadamente, visto que, por mais que o casal se dê bem, há outras variáveis que também são importantes. Mas o casal sobrepõe o indivíduo no relacionamento.
E precisamos ter consciência de que o relacionamento passa por mudanças e que por isso, é importante conquistar o parceiro todos os dias, com pequenos gestos que seja. No início nós queremos agradar o tempo todo, mas com o passar do tempo, depois que já conquistamos a pessoa, passamos a diminuir o carinho, os toques, a intimidade. E se o parceiro faz algo que nos magoa, nos distanciamos e às vezes nos calamos.
Não precisamos revidar ou gritar com raiva. Até podemos nos silenciar no momento para evitar uma discussão com consequências irreparáveis, mas a comunicação deve acontecer entre o casal. É saudável colocar o que estamos sentindo, falar sobre o que gostamos e o que não gostamos, e sobretudo, elogiar o que gostamos, sinceramente.
Claro que não há uma receita milagrosa para o relacionamento dar certo, mas se tivermos consciência de que somos responsáveis pela nossa própria felicidade, e não, o parceiro, e que cada um tem que fazer a sua parte, as chances de dar certo, são muito maiores.
O importante é o casal estar satisfeito e ter premissas em comum, principalmente no que se refere a projetos de vida, ideais, caso contrário, o casal fatalmente vai começar a trilhar caminhos separados em algum momento. Essa consciência é necessária e de tempos em tempos é interessante conversar sobre esses projetos de vida.
E você, em qual fase está no seu relacionamento? Você investe no seu relacionamento? Você tem prestado atenção no seu marido ou na sua esposa? Tem feito coisas que ele (a) gosta? Tente se lembrar do porquê se apaixonou por ele (a) e perceba se um sorriso aparece nos seus lábios. Invista, principalmente tempo, no seu relacionamento.
E tente descobrir se a sua linguagem de amor, é a mesma do seu cônjuge.
Brevemente falaremos sobre essas diferentes linguagens do amor…

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