Um dia, num hospital, uma enfermeira conduziu um rapaz que parecia bastante cansado e ansioso para o quarto de um senhor idoso, bastante debilitado.
“Seu filho está aqui”, disse ela repetidas vezes até que os olhos do paciente se abrissem. Devido as dores decorrentes do ataque no coração, ele estava bastante sedado e mal conseguia ver o rapaz que estava com uniforme militar, em pé, ao lado da tenda de oxigênio. O paciente alcançou a mão do jovem, que segurou com firmeza as mãos fracas do homem, mostrando neste gesto uma mensagem de amor e encorajamento.
A enfermeira trouxe uma cadeira para que o rapaz pudesse sentar-se ao lado da cama. Durante a noite toda, o jovem ficou sentado naquela enfermaria pouco iluminada, segurando as mãos do senhor idoso e oferecendo palavras de força e amor. De vez em quando, a enfermeira dizia para o rapaz ir descansar um pouco. Mas ele se recusava.
Todas as vezes que ela retornava à enfermaria, lá estava o jovem, segurando a mão do senhor, alheio aos barulhos do hospital, do monitor cardíaco, do vai e vem dos funcionários do hospital, das reclamações dos outros pacientes. Às vezes ela ouvia as palavras gentis que ele dizia ao enfermo.
O paciente, que já estava bastante fraco como uma vela se apagando, nada dizia. Ele somente segurava a mão do filho durante toda a noite. E foi na madrugada que o senhor idoso faleceu.
O rapaz largou a mão sem vida do homem e foi atrás da enfermeira para contar o que tinha acontecido.
Enquanto ela fazia todos os procedimentos necessários, o rapaz aguardou pacientemente. Finalmente, ela retornou.
Ela começou a dizer palavras de conforto e empatia, quando o rapaz a interrompeu.
“Quem era aquele homem?”, ele perguntou. A enfermeira ficou confusa, mas respondeu: “Ele era seu pai”.
“Não, ele não era”, ele disse. “Eu nunca o tinha visto antes”, afirmou.
“Então, por que você não disse nada quando eu o levei até ele?”, perguntou a enfermeira.
“Eu percebi na hora, que havia um engano, mas eu também sabia que ele precisava do filho dele, e que ele não estava lá. Quando percebi que ele estava muito doente para perceber se eu era o filho dele ou não, sabendo o quanto ele precisava de mim, eu fiquei”, mencionou o jovem.
Então, na próxima vez que alguém precisar de você, apenas esteja presente. Fique!
Você pode ser uma estrela no universo de alguém. Você pode estar presente na vida de alguém que realmente precisa de você.
Há algumas pessoas no mundo, algumas até mesmo desconhecidas que dependem de você e que estão somente esperando que você esteja lá para elas. Então, seja essa pessoa. Esteja lá para segurar a mão de alguém que esteja precisando, para olhar nos olhos dela e sem palavras, dizer: “Eu estou aqui. Você não está sozinha”.
Talvez esta pessoa esteja desistindo da vida e o seu abraço pode confortá-la. Talvez os seus ouvidos atentos a façam sentir-se compreendida e confortada. Estar presente apenas, sem julgamentos, de corpo e alma.
Cristie Ochiai
Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing