Você já parou para pensar que muitas das suas convicções podem não ser fruto das suas reflexões e observações? Como assim?

Vou dar um exemplo. Vamos supor que um dia você encontrou com um amigo que te disse: “Fulano parece não gostar muito de você”. Seja lá qual for o motivo (talvez seu amigo não se simpatize com ele) esse amigo diz isso e depois, você não o vê mais. Pode ser que ele tenha se mudado para outra cidade. Mas a “semente” ficou plantada.
Um belo dia, você encontra o Fulano, que estava distraído ou realmente não te viu e não te cumprimentou. E você tem aquela sementinha que o seu amigo plantou na sua cabeça. E aí você pensa: Nossa, acho que o fulano realmente não gosta de mim. Ele nem me olhou. Parece até que me evitou.

Você nem sabe se o que o seu amigo falou é um fato, mas tomou como verdade e a partir disso, vai olhar o outro com uma visão contaminada. Esse é o perigo de tirar conclusões precipitadas, sem ao menos checar os fatos. E pode ser que você deixe de ter uma bela amizade, perca um cliente, passe raiva porque se deixou contaminar com uma semente ruim. E muitas vezes você nem sabe qual foi a ideia que gerou aquele raciocínio. Assim como nós temos muitas ideias boas plantadas em nós, temos também muitas ideias ruins que foram plantadas, germinaram e as assumimos como próprias.

Você sabe por que tende mais para um viés político e menos para outro? Quanto disso foi fruto de reflexões e observações profundas que você fez? Quanto disso é o efeito manada em que você pensa assim porque a maioria das pessoas com as quais você convive, pensa da mesma forma?

Quantos dos bens materiais você adquiriu porque realmente necessitava? Ou foi porque as campanhas de marketing sabem exatamente onde te pegar (te fazem sentir que você “precisa” daquilo como do ar que respira)? Quantos jovens lindos, inteligentes e com uma estrutura familiar boa, eu vejo que estão com a autoestima destruída porque passam muito tempo em redes sociais que vendem ilusões, com filtros, dietas mil, felicidade constante? Às vezes, precisamos nos perguntar: Eu realmente penso assim? Isso faz sentido para mim? Isso está me fazendo bem? Eu preciso realmente disso?

Por mais que os nossos pensamentos sejam fruto do aprendizado com o que vem de fora, grande parte pode vir das nossas observações. E se você pudesse parar um pouco e pensar se hoje fosse o seu último dia de vida, você teria cumprido a sua missão?
Talvez isso te ajude a refletir se a sua forma de pensar te aproxima ou te distancia da missão que você veio cumprir na vida.

Cristie Ochiai
Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing

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