Uma das coisas que mais observo quando saio para almoçar ou jantar fora, é como as pessoas ao meu redor estão interagindo.
Não é novidade dizer que a maioria tem um celular à mão. Muitas dessas pessoas, casais.
Brinco dizendo que provavelmente estão conversando entre si, através daquele aplicativo tão conhecido que faz parte do nosso dia a dia. #sqn
Será que é por isso que muitas pessoas que estão próximas, se encontram “distantes”, e muitas pessoas que estão distantes, se encontram “próximas”?
Será que é por isso que há tantos mal-entendidos? A mensagem escrita não consegue dar a entonação, que demonstra o estado emocional em que a frase foi escrita. Às vezes, na correria, para não deixar a pessoa “no vácuo”, damos uma resposta curta, que é interpretada como rude.
E como poderíamos melhorar a nossa comunicação, nossas conversas?
Celeste Headlee, uma apresentadora de rádio e expert no assunto, nos dá algumas dicas:
Imaginem como seria gostoso conversar com alguém, dessa forma:
– Estando “presente” no momento. Vamos esquecer o celular, olhar a pessoa nos olhos, prestar atenção ao que ela está falando. Se precisar realmente atender uma chamada ou tiver um compromisso, deixe a conversa para outro momento. Quem está lá e cá, não está em nenhum lugar.
– Não dê a sua opinião, nem fale de si mesmo, a não ser que a pessoa peça. A pessoa mais importante no momento é a outra, e não você. Seja gentil e educado. A verdadeira escuta, requer uma desconsideração de si mesmo. Todo mundo sabe algo que você não sabe. Aproveite e aprenda.
– Mostre interesse fazendo perguntas abertas. Use: Quem? O que? Quando? Onde? Por que? Como? Isso vai fazer a pessoa parar pensar sobre o assunto e perceber que está sendo ouvida.
– Ouça para entender o que a pessoa está falando e não para responder. Se você fica pensando o tempo todo em como dar uma resposta, não estará ouvindo metade do que a pessoa fala.
– Se você não sabe sobre o assunto que a pessoa está falando, diga apenas que não sabe e peça para ela explicar melhor. Você não precisa falar qualquer coisa apenas para se mostrar entendido num assunto que não domina. Não sabemos tudo e está tudo bem assim.
– Não faça comparações da sua experiência com a de quem fala. A sua experiência não é a mesma. Nunca é. O assunto não é sobre você e é desnecessário tentar provar o quão incrível você é ou o quanto você sofreu. Conversas não são uma oportunidade promocional.
– Tente não se repetir.
– Não se prenda a datas, anos. As pessoas não se importam. Elas se importam com você, com quem você é, com o que tem em comum.
– Ouça. Essa é a parte mais importante e a mais difícil. Ouça com os ouvidos, com os olhos, com a boca fechada (Buda disse: Se a sua boca está aberta, você não está aprendendo.)…ouça com todo o seu ser! Ouvir é um ato de doação…você doa a sua atenção, doa o seu tempo, doa o seu amor…e você recebe toda a riqueza daquele ser que está na sua frente. Seja grato!
– Seja breve. “Uma boa conversa é como uma minissaia: curta o bastante para manter o interesse e longa o bastante para cobrir o assunto”.
Quantas vezes já ouvimos: Poxa, tal pessoa é tão boa de conversa! E na maior parte do tempo a pessoa só ouviu…
Que tal sermos “bons de conversa”?

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